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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

... e teremos novas estrelas no céu.

Não tive tempo de escrever nada sobre a tragédia que ocorreu ontem (27/01/13) em uma boate na cidade de Santa Maria, RS. A não ser um pequeno post no facebook. Porém, confesso que fiquei com um enorme aperto no peito, pois aqui na minha cidade (Niterói), inclusive perto da minha faculdade, o que mais tem são festas e choppadas lotadas de universitários.
Um dos meus escritores brasileiros favoritos, Fabricio Carpinejar, escreveu um texto muito bonito em homenagem às vítimas e gostaria de postá-lo aqui no blog.

''Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada. Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio. Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência. Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram. Morri sufocado de tanta morte; como acordar de novo? O prédio não aterrisou da manhã, como um avião desgovernado na pista. A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro. Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal. As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso. Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido.''
Fabricio Carpinejar

Resenha: Morte Súbita, J.K. Rowling

Sinopse:
Quando Barry Fairbrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque. A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra. Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista. A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas?

Sinceramente, ouvi muita gente amar o livro e outras odiarem. Não sei se por estarem acostumadas com o estilo de Harry Potter, mas eu simplesmente amei a história. Me prendeu até o final, eu tinha curiosidade a cada página, pois todos os personagens e suas vidas estão entrelaçados, já que tudo se passa em uma cidadezinha.
Além disso, você não tem mocinhos e vilões, algo do qual eu gosto bastante e torna a história mais real.
Na minha opinião, J.K. Rowling se intitula através de ''Morte Súbita'' como uma verdadeira escritora brilhante, o que eu já sabia porque sou fascinada pela saga HP, mas esse livro só reforça.Algo interessante e que me deixava um pouco emocionada (e quem é fã de HP vai perceber) é que dá pra reconhecer nitidamente o estilo de escrita de J.K., as palavras que ela costuma utilizar e tudo mais, se é que me entendem, apesar de a história não ter nada a ver com nada já escrito por ela.

Valorize a simplicidade.

Gostaria de iniciar este blog com um pensamento feliz e simples. Acredito que a felicidade esteja nas pequenas coisas, por mais que pareça MUITO clihê. Mas não tem como não ser...
O segredo da vida é ser realmente feliz, daquele jeitinho bem verdadeiro e sorridente. Quer saber como? Dance sozinha (o), cante no chuveiro, coma sem se importar tanto com as gordurinhas (principalmente se for batata frita), bagunce os cabelos, ame DE VERDADE (é estranho, mas hoje em dia as pessoas apenas ''amam''). Se anime! Procure a felicidade sempre nas pequenas coisas do dia a dia: é ali que elas realmente estão. Agradeça!
Ah sim, é claro, somos seres pensantes. Teremos preocupações e coisas com as quais nos importaremos muito. E é justamente por isso que Deus nos deu a oportunidade de vivenciar pequenas GRANDES coisas todos os dias. Elas têm a capacidade de fazer-nos felizes da maneira mais simples.